45 anos do Nixon Vermelho

Ontem fiz 45 anos.

Continuo acelerando.

Mais rápido James Dean, mais rápido.

Quebrando a parede com sete socos certeiros.

Apenas sete são o suficiente.

A idade me fez mais experiente.

Sento no canto e observo.

Ligado por cabos direto no córtex.

Quebrando a barreira do som.

Ainda posso passar mais alguns limites.

Quebrar o tempo e o espaço.

Buraco de minhoca.

Dois extremos do universo ligados pela mesma linha.

Uma curva.

Uma reta.

Imagine uma folha de papel dobrada.

Falta pouco para os 50 e me sinto melhor do que ontem.

Meus olhos estão fixos.

Sei onde devo olhar.

Tranco a respiração.

Acelero meu passo.

Um salto.

Um ataque certeiro.

Sorrio.

Hoje tenho 45 e meus limites se expandiram.

sujo, pesado e sem alma

Isto não é um rap e nem um hip-hop. Não é nem mesmo uma canção.

É apenas um desabafo sobre os tiros que estão sendo dados.

Ninguém mais sabe, mas os tiros são pesados, sujos e sem alma. Eles buscam apenas o coração.

Pais caminham com seus cães e não percebem que seus filhos foram embora lutar lutas injustas em troca de falsas promessas de poder e conquista.

Chineses mandam no que comemos e Cuba é uma piada na história.

Nada mais importa e eu não quero te ensinar a ler.