quarta-feira, 4 de julho de 2012

pequeno conto sem sentido

Para ler enquanto rola o som...
Ela estava parada esperando mesmo amigo de todos os dias, nas mesma esquina de sempre, no mesmo prédio de cores azuis desbotadas. O sol já baixará e o lusco fusco formava pequenos desenhos nas sombras da cidade.

O silêncio era um sussurro que lambia os seus ouvidos e a fazia pensar em o quanto ela já esperou muito tempo por algo que nunca aconteceu. Mas sempre havia a esperança de algo novo, de que novas vozes cantassem uma outra canção e que os aviões de guerra não lançassem suas bombas na casa de vidro.

Ela não se lembrava mais o seu nome e nem o motivo de estar ali, mas acreditava que o seu amigo poderia chegar logo e a levar para longe dos muros de mesma cor. Só que mais um dia acabou e aquilo que era azul, vermelho e roxo se tornou apenas trevas.

E sentada no chão, na mesma esquina de sempre, cruzou as pernas e esperou a dor passar enauanto olhava o vermelho que escorria pela sua pela alva.