Uma noite comum.
O som das sirenes indicam que são três da manhã. É hora do demônio.
Vamos jogar a ciência americana, molhar os corpos com o sangue.
Um maniaco limpando a faca esquece o seu nome.
Mas ele sabe a hora certa de agir quando vê a cor do seu cabelo sendo banhado pelo luar.
Já é tarde.
Ainda é cedo para os amantes.
Vamos cortar os corpos.
E tomar banho no escarlate quente.
A cidade está aberta.
Uma ferida que não cicatriza.
Perfume de enxofre.
Toque o corpo que corre pelo subterrâneo, pele suada grudada em seu dorso.
Um lobo dentro do seu sexo.
Fêmea molhada esperando a mordida do dono.
Eletricidade.
Sombras.
Fome vampiresca.
Nova religião.
Mulheres nuas dançam em meu nome e soldados da nova ordem sabem quem deve morrer.
Flores sob os pés e arame farpado sobre a cabeça.
Coroa de espinhos de aço rasgam a face do Messias do terceiro milênio.
Os pecadores cantam a nossa canção Madalena e você sabe que deve ficar de quatro.
Puxo seus cabelos e suas pernas se abrem.
Venha, vamos uivar para a noite eterna.
Vamos carregar a cruz feita com a madeira da primeira árvore.
O Éden é nossa alcova.
Estou falando direto para o seus ouvidos.
Feche os olhos e verá que já estou dentro de você.
Um animal comendo o seu sexo.
Lobo vestido de carneiro.
Bebendo seu gozo.
Bandeiras de guerra ao redor da cama marcam nossa terra.
O Paraíso.