Ao som de "Horses at Night" do Still Corners eu me sento em frente ao note e fico olhando a tela em branco. Sem o mesmo charme de uma antiga máquina de datilografar e sua folha em branco, fico pensando no que escrever para vocês.
Este é um dos momentos que mais gosto... escrever. Sei lá... me sinto como um pseudo escritor famoso, uma farsa de mau gosto de Gore Vidal (sem a vontade de dar o orifício anal do célebre intelectual americano) que sonha em redigir a novela da sua geração.
Só que na verdade não consigo escrever nada útil e normalmente sou o único a gostar do que escrevo. Claro, isto já me serve, pois escrevo para mim mesmo. Rio e choro ao reler meus textos pois eles são meus e feitos para mim. Funciona para mim como uma análise, uma catarse que me ajuda a superar momentos da minha vida que passo e passei.
Não tenho estilo original. Sou, ou apenas tento e me esforço para ser uma cópia mal, mais do que mal... pessimamente feita de Burroughs, Bukowski, Lovecraft, Mailer, Thompson e Capote.
E Deus me perdoe por citar estes mestres em minha comparação, afinal quem sou eu para cogitar tal blasfêmia, de escritor não tenho nada... só a vontade. Acredito que no máximo posso ser chamado de um herege da escrita.
Mas... o que fazer não é mesmo?
Já que gosto tanto de escrever... continuarei!
E você tem toda liberdade de não ler nada do que eu escrevo.
Mas por favor, se for fazer isto, que seja para ler um bom livro. Não vai sair daqui para ler algum livro de auto-ajuda, algo chato do David Coimbra ou pegar aqueles livros bestas de coloriri! Se fizeres isto, descubro teu endereço e vou aí te bater com uma edição capa dura de "A Montanha Mágica" do Thomas Mann.