Vou respirar e olhar para o céu.
Vou fitar estrelas que se apagaram milhões de anos antes do nosso nascimento.
A onda bate em minhas botas repetidamente. Indo e vindo. Indo e vindo.
Círculos circuncêntricos. Triângulos perfeitos.
Perfeição da natureza.
Sou sua arma.
Cruzando a velocidade da luz.
Caçando.
Respirando.
Olhando para o céu.
Alguns dias são bons, alguns dias são ruins, mas você tem que pensar que tudo pode ser melhor sempre.
Nós lutamos por querer viver.
Sentimos que temos que aproveitar os momentos como se fossem os últimos. Não serão, mas temos que viver intensamente cada momento como se fosse o primeiro e o último.
O primeiro beijo em uma quinta-feira cinza.
O próximo em uma tarde ensolarada.
É isso que queremos.
É isso que buscamos.
Viver em um mundo a parte.
Só nosso.
Eu carregarei você em meus ombros e beijarei sua face.
Vamos acender as luzes da cidade.
Me ajude a buscar a felicidade. Só você entende porque o animal interior uiva nas noites silencisas.
Me ajude com o fogo e vamos acender as luzes da cidade para que ela ilumine nosso segredo.
Eu não vou dormir esta noite. Entenda... e não diga para eu dormir, pois quando estou acordado, estou cuidando de você.
E a luz queima a escuridão na casa desconhecida.
Quebre as amarras do tempo e incendeie os nossos inimigos.
Isto sim é viver.
Queime e vamos renascer!
Queime e vamos renascer!
Pensei em viver intensamente e preciso de sua mão.
Esqueça os covardes e vamos encarar as nossas verdades. Pode ser muito melhor. Agora todos os extremos são nossos. A noite acabou e percebemos e insistir é muito mais.
Estou pronto para me levantar e caminhar em sua direção.
Estamos juntos na mesma luta! A mesma fome animal no mesmo lugar!
Você sabe que vamos partir para uma lua só nossa, onde habitaremos e criaremos um novo caminho.
E este caminho é feito para os animais da noite.
Maravilhas de olhos cor sangue.
Este post é pra ser lido ao som de "It Was Supposed To Be So Easy" do The Streets.
A primeira é pra carregar
A segunda é pra mirar
A terceira é pra atirar
E o azul vira vermelho
E o céu vira inferno
E os cães chamam o nome do perdedor
Você quer ser um deles?
Não queira
O mundo está repleto de idiotas
Que ficam olhando reprises na TV
Olhe para frente
Se o seu país é uma droga
Você não precisa ser
Eu prefiro mirar
E você... quer ser apenas um alvo?
Me sinto um velho, mais do que o normal, quando sou o único na mesa que gosta e lembra dos "Brasinhas do Espaço".
...
Que motivo faz com que criança tenha que correr pra tudo que é lugar que ela vai? São as únicas pessoas que nunca tem horário marcado pra nada!
...
Falando em infantes: o maior inimigo de uma criança é a gravidade.
...
Uma coisa que vocês não sabem sobre a minha pessoa: quando entro em uma loja de roupas e vejo que os cabides não estão bem posicionados, eu começo a arrumar tudo.
...
Já falei uma vez sobre isto, mas sempre é bom lembrar.
Uma vez vi um carro com um enorme adesivo em todo vidro traseiro que dizia: "Fulano de tal, dentista 100% profissional".
Posso perguntar uma coisa? Desde quando se tem medida de profissionalismo!
Do tipo, "ah... eu sou uns 86,7% profissional".
Como assim?
Pra quem não sabe, além desta vida pacata de cineasta, publicitário, roteirista, tenho uma vida empolgante como justiceiro, vigilante do crime, dublê de baixista e mercenário.
E é neste lado mais... agitado, digamos assim, que me envolvo em aventuras empolgantes pelos quatro cantos do mundo.
Como da vez que fui contratado para explodir uma boate de lambada-sertaneja criada por um franco-brasileiro em Orã na Argélia.
Eu já comecei a desconfiar que a coisa toda não ia dar certo quando sentei na minha poltrona do avião e vi que o passageiro de um lado era um tatu amestrado que se chamava Adoniran e do outro um rapaz com uma camiseta com o desenho "Carnaval é no Pelourinho! 1997, Brasil."
Lembrete mental: exigir primeira classe ao viajar.
A viagem até que que foi tranquila, tiranto o fato de uma criança começar a chorar na saída do Rio de Janeiro e ter parado só quando convidei o pai do menino a conhecer o lado de fora da aeronave.
Outra coisa que me incomodou um pouco foi o fato das comissárias de bordo não pararem de gritar, o que é muito chato, afinal eu nem ia cortar todos os dedos do turista da Bahia quando ele começou a ouvir Araketu.
Tá... mas vamos ao que interessa: em Orã foi tudo muito tranquilo. Como havia programado, consegui explodir a boate sem machucar nenhum cliente. O que foi bem fácil, já que explodi tudo ao meio-dia de uma segunda-feira.
O dano colateral foi que acabei explodindo um circo cheio de palhaços albinos birmaneses que ficava no terreno ao lado. Mas tudo bem, eu nem gosto de palhaços mesmo (aquela pintura me assusta).
E aí vem o lado bom do meu trabalho. Pagamentos recebidos fui comer um gorgurão assado, que é um peixe delicioso e prato exótico no norte da África.
Pra teres uma ideia, no passado, reis viajam meses pra comer um gorgurão com molho de damascos etruscos e mel de laranjeira.
E foi isto que fiz, me sentei no restaurante que fica na beira da praia e me fartei com um gorgurão feito no molho de maçã verde com pimenta de biquinho.
Nada como ser um bom profissional para aproveitar as coisas boas da vida.
Eu tenho a mania de ficar sentado em lugares públicos - não seu tarado mental, não falo de banheiros públicos, não sou o George Michael - para observar as pessoas ao meu redor.
Por que faço isto?
Porque é uma das melhores maneiras de pegar material para criar histórias.
Não acredita?
Mas é verdade, já tive várias ideias após ver uma pessoa solitária comendo uma fatia de torta, um casal que brigava, uma senhora que reclamava do marido pra amiga e até mesmo uma anãzinha que passava na minha frente já virou tema de diálogo de um curta.
Por que estou falando isto?
Sei lá... tô sem sono e tô pensando em novas ideias para um curta. Já tenho uma em mente, que nem é ideia minha por sinal, mas é aquilo... quanto mais melhor.
Eu sei que eu falo muitas coisas sem pensar nesta tentativa infundada de ser engraçado. Só que não é o fato de ser engraçado, ou de eu querer ser engraçado, mas sim, de que sou assim.
Minha vida é assim...
Pode parecer piada de mau gosto, mas não é... as coisas patéticas que falo, são porque vejo isto diariamente ao meu redor, ou porque acontecem comigo.
E vocês não tem ideia do quanto acontecem.
É senhora que me xinga na rua por eu tentar ajudar, criança que chora ao me ver - fazendo com que eu me sinta um monstro, palhaço vendendo algodão doce que me assusta (o palhaço me assusta é claro, não o algodão doce), a namorada que me dá um disco do "Mr. Big" porque eu gosto de rock, etc.
Ou seja... eu não lembro o motivo de estar falando sobre isto, mas é só pra comentar que: as coisas ridículas que me acontecem sãoa base pra eu achar a vida boa, engraçada e feliz.
Somos abençoados por estarmos vivos.
Temos a graça e a fúria do amor.
Ficamos eretos e percorremos o mundo conquistando novas terras para nossos sonhos, para os sonhos dos nossos filhos.
Pegue a passagem para Ohio e sorria ao embarcar pois viajaremos para um longe das guerras e da terra suja com o sangue de nossos irmãos.
Eu sei, hoje está escuro, mas lembre-se... amanhão o sol vai nos dar seus primeiros raios.
Não estou aqui para fazer um país melhor. Estou aqui para fazer o meu trabalho.
Teve um dia na minha vida que eu decidi mudar e deixar de ser tímido. Minha solução para disfarçar o meu modo acabrunhado era me tornando um cara engraçado.
Não adiantou nada... continuei tímido.
A única diferença é que eu virei um palhaço tímido.
...
Escuto perto de mim uma moça falando que o filme "A Bruxa" é um lixo. Definitivamente as pessoas não sabem mais ver cinema.
...
Eu tomo chá verde com limão e tenho amigos gays. Para o Bolsonaro e para o Feliciano eu devo ser um tipo de subproduto da sociedade.
Entre um cidadão e uma cidade inteira.
Entre o certo e o errado.
Entre os homens e os meninos.
Apenas o fogo separa a nossa fúria.
Entre o presente e o futuro.
Entre a história e a verdade.
Entre a prisão e a liberdade.
Apenas o fogo separa a nossa fúria.
E agora estamos todos cansados e voltaremos para nossas casas vazias.
Então é assim...
A semana começa sombria, triste como os seus piores outonos sangrentos.
E se você tentar fazer algo para mudar isto, se pegar uma mochila e viajar sem rumo, sem se preocupar com as batidas erradas do seu coração.
Sim, dá pra fazer isto hoje, basta querer.
Mas para isto tem que quebrar seus medos e suas vergonhas.
Não perca tempo, esqueça sua família e todos ao seu redor. Comece a pensar em você e nos seus sonhos, em tudo que você deixou de fazer devido aos desejos do que os outros queriam para sua vida.
Vamos novamente enfrentar tudo.
E desta vez será diferente. Hoje eu sou mais forte e estou aqui. Você esta mais forte agora.
Juntos.
O mundo é nosso e é bom.
Ela senta bem ao meu lado no café, chega bem perto e fala ao meu ouvido que não está usando calcinha. Eu não entendo no primeiro momento e faço apenas um "ãh" vago de quem não acreditou no que ouviu.
Novamente ela se aproxima e fala a mesma frase.
Eu fico meio que congelado olhando para a cara dela, que sorri pra mim um sorriso perfeito, forjado nas montanhas da islândia.
Ela se ergue e sai caminhando sem olhar para trás.
Não presto atenção em mais nada, só percebo que no som do café toca "Hold On To Your Friends" do Morrissey.
Levanto e saio do café atrás dela. Apuro o passo e chego bem do lado e a seguro pelo braço, ela se vira com aquele mesmo sorriso de publicidade de pasta de dente.
Neste momento eu pego a pistola que levo comigo e fuzilo ela a queima roupa. O projétil entrou pela boca, arrebentando todos os dentes e saido por trás, deixando um rombo do tamanho de uma laranja de umbigo na cabeça dela.
Um sorriso daqueles era perigoso, eu não poderia algo assim solto no mundo de hoje.
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