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sexta-feira, 30 de novembro de 2018

a canção da carne de porco

A aflição da espera.
Um tempo melhor que nunca chega e a descoberta do que havia de bom morreu na colisão entre dois carros.
Agora, apenas o uso de uma nova pele por semana ameniza a dor de ouvir os demônios dentro de mim.

sábado, 30 de setembro de 2017

o açougue da família

O tormento começava sempre no final da tarde. Ela tinha 10 anos de idade e chegava da escola sempre no mesmo horário. Passava pela porta e andava silenciosamente no corredor vazio. Vez por outra olhava as fotos penduradas na parede e pensava se as outras crianças tinham famílias como aquela. Ao chegar na porta da cozinha seu pai e sua mãe já estavam trabalhando. O pai se chamava Açougueiro, a mãe se chamava Artista. Eles esculpiam a vida na carne morta. A pequena criança cresceu assim, vendo seus pais matarem as pessoas e dissecando os corpos ali na frente dela. Ela cresceu na violência, se alimentando da carne humana crua, bebendo o sangue quente recém retirado da jugular pulsante. E a menina jamais reclamou, pois ela sabia que seus pais a amavam mais do que tudo.

domingo, 21 de agosto de 2016

minha lista de medos desta semana

Todo mundo tem medo de algo. E sendo eu uma pessoa razoavelmente normal como todas as outras pessoas, também tenho meus medos.

Sim, pode não parecer verdade, mas este escriba, o próprio Nixon Vermelho, tem seus medos secretos.

E mesmo que seja devastador revelar minha intimidade, seguirei os pedidos que eu mesmo me fiz em frente ao espelho e revelarei a verdade nunca antes dita.

Meus cinco piores medos desta semana (de tempos em tempos a coisa modifica):

1. Insetos - qualquer coisa com mais de quatro patas é assustadora pra mim. Relevo borboletas, desde que não sejam muito grandes, do contrário acabo com elas na base do tiro de fuzil;

2. Palhaços - como é que eu vou gostar de um cara todo pintado, com roupas coloridas, sapatos gigantescos e que se diverte jogando coisas nas pessoas;

3. Escritórios de contabilidade - aquela muzak rolando na sala de espera de um escritório de contabilidade faz eu querer me jogar de uma ponte. Já fiquei várias vezes nestes locais e tenho certeza que numa destas vezes as paredes começaram a se fechar ao meu redor;

4. Telefone de açougue - nada é mais nojento do que um telefone todo engordurado, ensebado, de um açougueiro. Juro, tocar naquilo é como colocar a mão dentro de um balde de banha;

5. Panicats - sei lá... essas minas são muito estranhas. Aquela voz delas de pato rouco me deixa muito nervoso. Lhes digo, não fico de costas pra uma mina destas.