terça-feira, 25 de setembro de 2012

a caçada

Ela saiu para mais uma caçada. A noite cobria as ruas como a mão de uma mão protetora. Nada era visto, nada era sentido. Ela apenas caminhava, não sabia o que encontraria, mas sabia que os inimigos estavam cada vez mais próximos.

As cidades não mais existem, tudo faz parte do passado e ela não lembra mais como era o mundo sem a guerra que dura mais de cinquenta anos. A única coisa que sabe é pelas histórias que os mais antigos do clã vermelho contam para ela, mas muitas vezes ela não acredita e acha que tudo que eles falam são apenas loucuras senis de quem não lembra mais de nada.

Mesmo assim, ela caminha pelas ruas imaginando que algum dia tudo terminará e os outros clãs se curvaram perante ela.

Um barulho na rua e ela para, engatilha a arma e se prepara para mais uma noite.