Meu cinema é diversão!
Faço filmes que me divertem, não quero fazer filmes com problemas sociais, problemáticas, propedêuticas, proparoxítonas. Que bom que existam diretores que se preocupam com isto e que pensam sobre o futuro da nação e sobre burgueses sem religião.
Mas este não é o meu caso, quero apenas ver a cor vermelha do sangue falso banhando o céu azul, explosões ultrarrealistas, zumbis e ciborgues ninjas.
Quero fazer as pessoas rirem ou sentirem medo, chorarem ou sentirem raiva com filmes que não as façam pensar na situação do país, na falta de dinheiro ou na corrupção. Nada disto importa, o que conta é esquecer a realidade por alguns minutos, por algumas horas, e viajar num mundo de ficção onde a tecnologia levou o homem ao inferno nuclear e mutantes andam pela terra em carros equipados com metralhadoras.
Não, não quero falar das mães da praça de maio e nem cantar com o Bono Vox, não quero ser o novo Herzog, a não ser quando ele é o vilão que quer matar Jack Reacher. Quero ser o Peckinpah do cinema de terror, o Kubrick da violência politicamente incorreta
Cronenberg já mostrou, Crash embala os sonhos entre máquina e homem.
Cinema é diversão e se não concorda comigo, ótimo, podes até me xingar, pois isto é que é legal.