quinta-feira, 27 de abril de 2017

hippies hate water

Daí tô caminhando pelo calçadão de Santa Maria, indo para uma reunião de trabalho, quando um hippie que vende uns objetos feitos de arame me segura pelo braço.

Bem, o problema já começa por aí, pois não sou muito receptivo com pessoas desconhecidas invadindo minha área pessoal. Mas que seja, achei que o dito hippie ia me pedir pra comprar um dos arames retorcidos em formato de bicicleta (ou cachorro, não consegui identificar o que era aquilo... talvez fosse um macaco, ou cavalo). 

Só que não era isto que ele queria, o maluco me parou - ainda me segurando pelo braço! - pra pedir dinheiro pra comprar uma cerveja.

Sério gente... o hippie nem queria me vender nada do artesanato dele, ele queria BEBER! E beber com o meu dinheiro! Que diga-se de passagem já não tenho muito, afinal este governo de merda acha que meu cu é de pano e pode meter estocadas de piroca ao seu bel-prazer. Ou seja, eu me fodo trabalhando pra pagar cerveja pra um cara que fica o dia inteiro sentado fumando e entortando arame?

Tá maluco hippie?

Pra pedir dinheiro pra beber, o sistema serve, mas pra trabalhar tu é contra?

Cara, se fosse a época que eu era punk radical, chutava a bunda do cara pro outro lado do calçadão, mas como hoje sou um cara calmo, só falei: "magrão, não pega no meu braço". Daí virei as costas e segui meu caminho. Ainda escutei ao fundo: "pô veio... e a ceva"?

E eu só pensei... "Tem umas figurinha que só tratando com tapão na orelha".