sábado, 10 de fevereiro de 2018

a entrevista musical definitiva com Nixon Vermelho e a banda RED LOVE RUSSIAN LOVER

Foi de forma descontraída que sentei no sofá da sala com meu gravador e comecei a me entrevistar pra saber de mim mesmo quais são as minhas ideias sobre a retomada da carreira - interrompida em 2016 - da banda RED LOVE RUSSIAN LOVER e as próximas etapas deste projeto musical.
A primeira pergunta não pode ser outra, afinal os fãs estão ansiosos pra saber os motivos da parada e mais ainda, com o que vem por aí, por que a retomada da RED LOVE RUSSIAN LOVER em 2018?
Em 2016 eu estava meio cansado e sem ideias pra banda. Até estava curtindo os ensaios e gostando muito da música nova que havia feito (JULHO - parceria de Nixon Vermelho com o guitarrista PH Vargas), mas estava meio perdido, faltava alguma coisa.
Então parei tudo e comecei do zero. Fui buscar em tudo o que eu gosto, o que me interessaria pra eu fazer. Eu retomei a ideia da RED LOVE RUSSIAN LOVER ser só eu, com algum convidado no caso de uma apresentação ao vivo.

Como assim?
Eu não queria só fazer uma música pop, no estilo guitarra, baixo bateria... eu queria misturar as ideias que tenho em algo que não fosse só uma banda mas sim um conceito.

Um conceito? Mas isso parece meio pretensioso da sua parte, ainda mais vindo de uma cara que toca e canta mal.
Em primeiro lugar a banda é minha. Segundo, eu não tô a fim de tocar bem, tô a fim de fazer barulho e incomodar e terceiro que pretensioso é teu cu!

Ok, mas qual é este conceito afinal?
Uma ideia que tenho, desde os anos 90 de fazer um som que eu chamo, brincando, de low-tech-dark, ou seja, usar o que é ultrapassado em equipamentos e fazer um som gótico. Quero dar enfase no baixo e na bateria, usar o vocal com muito reverbe, muito eco.
Um som que não seja agradável, que não seja pra todo mundo gostar... (nesse momento Nixon Vermelho fica em silêncio pensativo) ...na verdade a única pessoa que tem que gostar sou eu, o resto eu quero que se sinta incomodado, perturbado, como se sentisse dor, medo, ao ouvir a música.

E este amálgama...
Amálgama... depois eu que sou pretensioso.

Continuando... e quais são as influências nesta mistura?
Muita coisa.

Pode explicar melhor?
Posso.

Então... ?
O que tu quer que eu diga?

Então explica!
Calma, não precisa ficar nervoso.
Tem muita coisa das bandas Góticas dos começo dos anos 80, também bandas do dito cold wave, Poe, Nosferatu, anarquismo, caos, bandas como Trisomie 21, Kaelan Mikla, She Past Away, The Cure do começo de carreira, Harry, niilismo, Byron, Willian Gibson, propaganda soviética, atitude punk, sentimento dark, amor, rebeldia, violência e morte.

Por que tudo isso?
Porque eu quero!

Que resposta burra!
Desculpa se sou burro, é que eu estudei pouco porque tava ocupado comendo o cu da tua namorada.

É essa imagem que tu quer passar da tua banda? Falando essas merdas e não se importando com nada?
Sim.

Tu não se preocupa das pessoas odiarem?
Não. Não quero agradar ninguém.

Tu quer o que então?
Me divertir incomodando quem se sente incomodado.

E quais são as próximas fases dessa diversão?
Estou compondo pra lançar um EP com 4 músicas em abril e fazer um show fechado, apenas para convidados, para apresentar estes 4 sons.

Como será está apresentação? Qual será a formação da RLRL ao vivo?
A formação provável é eu no baixo, voz e programações de bateria e dois modelos, uma mulher e um homem, nas vozes de apoio. E muito provavelmente na música "Julho" o PH Vargas toque guitarra.

Um casal de modelos no backing vocal?
Sim, pra fazer uma apresentação de sexo sadomasoquista durante as músicas.

Sério?
Bem... só indo ver pra você saber.