Escuto "Deborah" do Vangelis com o Jon Anderson nos vocais e fico pensando no quanto o limite entre o pretensioso e o brega é tênue. É uma boa música? Sim, até é! Lembro de ficar escutando esse som quando eu tinha 14 anos, era 1985, de madrugada, sentado na janela do apartamento com as pernas balançando para fora e olhando as estrelas.
As noites pareciam mais calmas naquela época... mas não eram.
Começa "Hysteria" do Def Leppard e me assusto ao lembrar que eles se apresentaram com a Taylor Swift, que regravou esta música, em um programa de TV. Nada contra essa menina, mas é que fico com vergonha (alheia) ao ver que o pessoal que fazia pose de mau no passado, que bebia, cheirava, quebrava quartos de hotel e fazia as maiores orgias, se tornaram uns tiozinhos gordos que não fazem nada e que se tomam alguma coisa, deve ser o remédio contra a calvície.
"Wild Theme" do Mark Knopfler e eu não penso em mais nada irônico, deixo de lado qualquer pensamento maldoso e imagino alguma praia ao norte da Escócia, uma tarde fria e de céu cinza, um lugar para sentar e olhar o mar quebrando na praia, claro que de forma mais agradável do que se fosse na Bahia ao som de Dorival Caymmi.
Tears For Fears toca "The Working Hour" e essa é a minha deixa para deixar a divagação de lado e ir embora um pouco mais feliz do que quando eu cheguei.
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