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sexta-feira, 14 de junho de 2013

um grito, um giro

Iremos até a farmácia e traremos medicamentos, pois algumas pessoas podem precisar de medicamentos. Mas vocês atrairão o mal e todos serão feitos em pedaços. É isto que vocês querem que acontece?

E os abutres miseráveis continuam com a mesma cantilena.

Estando todos juntos, um de cada vez, tendo cuidado de ficar juntos.

Um chocolate quente. Atenção, economizem bateria...
e o silêncio ficou sobre a névoa...
e o silêncio ficou sob a névoa...
sendo pirado.

Domingo das 10h às 14h.

Deixar as portas abertas com  aranhas que ficam paradas olhando os medicamentos que ficam nos fundos. Um pequeno barulho quebra o silêncio dos passos e ninguém pode fazer mais nada. 

Teias do infinito e comandas que se escrevem sozinhas.

Meninas que beijam meninas e depois se apaixonam e ficam sem saber o que fazer. Elas tem medo das famílias e do que poderia acontecer, então tomam mais Vicodin.

Viciados em anestecia

quinta-feira, 21 de junho de 2012

algumas palavras

Eu escrevo mal e reconheço, faço a mea culpa de ser um infeliz que ao invés de se preocupar com a língua materna (a paterna também, mas é que o véi sempre foi mais calado mesmo), sempre redigiu os textos com a fúria de um psicopata das letras.

Não pense que ao identificar este defeito, entre todos os outros que possuo, que farei algum esforço para melhorar, muito pelo contrário, continuarei estuprando a gramática e destrinchando as vísceras do português (a língua e não um senhor luso) de acordo com meu insano prazer.

Por isso não se assuste com meus erros crassos e com minhas concordâncias verbais discordantes da razão, vou continuar este rebelde infanto-juvenil que quebra os muros que Bilac tanto se esforçou para erguer.

O chato é que tenho que confessar que tudo isto ém só por eu não saber usar corretamente o maldito ponto e vírgula. Isto, ou o fato de minha professora gostosa de português na sexta série não ter dado pra mim... aquela vaca! Grande coisa eu ter 11 anos e ela trinta e cinco.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

um pequeno conto nonsense (ou... o amor nos tempos do cólera, dos inocentes e do olho seco)

Acordo e penso que nada pode ser pior que o dia de ontem, mas daí olho para o lado da cama e me pergunto como esta mulher feia veio parar ao meu lado. O pior é que além de feia como um risco num monte de bosta, ela está nua. E mais... eu também estou nu, ou seja, mantive relações carnais com esta besta feminina.

Bem... se ontem a coisa tava feia, hoje posso dizer que a coisa além de estar feia, está ao meu lado.

sábado, 9 de junho de 2012

amor zumbi III

Os jogos de hoje me preparam para o holocausto de amanhã. Ninguém acredita, mas o apocalipse zumbi está próximo e seria melhor carregar as armas. 

Nada vai melhorar nos próximos anos e os hospitais ficarão cada vez mais lotados. Você pensa o quão ruim podem ficar as coisas e eu te digo que nada será parecido com o que está por vir.
Abra seus olhos e dance  dança dos mortos.

Passamos a vida nos enganando, indo do trabalho para casa e acumulando produtos que não precisávamos. Agora nada mais adianta, não estávamos preparados para o dia em que o inferno estivesse lotado e nossos mortos retornassem.

Cafés da manhã com cereais, torradas francesas e suco de laranja e tudo o que a TV nos dizia como saudável, aulas de ginástica em acadêmias modernas e uma visita ao médico regularmente. Mas bastou a primeira carneira se abrir para vermos que nossa vida foi inútil e que todo o dinheiro do mundo não salvaria você da praga dos não-mortos.

E agora, o que faremos?

O amanhecer é apenas uma lembrança na mente dos mais velhos e as crianças que nasceram na escuridão são as que melhor se adaptaram à luta.

Carrego minha Ak-47 e sorrio, sei que este não é o nosso fim, muito pelo contrário, este é o nosso começo. Beije-me meu amor, pois somos os novos heróis, somos o Capitão América e Sharon Carter da geração pestilenta

quinta-feira, 7 de junho de 2012

amor zumbi II

Então é isso... acordo pela manhã e vejo que o sol não existe mais, que eu usei minha vida e fui cruel com a minha mente. Meu corpo se deteriora e as escolhas não são as melhores. Eu errei ao ir, eu errei ao ficar, e acabei fechando a porta muito cedo.

Todos foram embora durante o calor da primeira explosão, em uma terça-feira de outono, quando os lábios vermelhos pela dor do último beijo se calaram em um sorriso enigmático.
Nada foi acidental e as sombras no chão do açougue me mostram que os corpos pendurados são conhecidos, são meus amigos e amigas do passado. Se isto é a verdade, o que eu vou fazer agora? O que posso tentar fazer em um mundo que me convida ao canibalismo social. Será que posso sentar ao seu lado e morder seu pescoço, tirar um pedaço da sua carne macia e me alimentar com suas memórias?

São muitas perguntas sem resposta. Vou continuar escrevendo minhas frases curtas, colocar seu corpo no chão de mármore e me alimentar de sua felicidade.
 
A última folha de plátano caiu, o som das bombas faz seu corpo tremer, o vermelho quente e o branco da sua pele se fundem em um amálgama de sentidos e a minha fome ainda está longe de acabar. 

quarta-feira, 23 de maio de 2012

os abraços da estrada vazia


Como fazer se todos os dias são iguais e alguns são mais iguais que os outros.

Ele era apenas um pobre garoto se alma que tentava sair da sua cidade, mas todos os abraços marcavam o seu medo. Ele sabia que o show estava no oeste, na linha do horizonte, onde o sol era vermelho, mas tinha medo de tentar e ficar preso nas memórias de um morto na beira da rodovia.

Nada mudaria seu comportamento, apenas o cano da arma tinha a resposta certa.

Ele caminhava até a fronteira e olhava o céu vermelho que esperava por ele, o campo queimado pela chuva ácida e pensava que nada poderia ser pior do que o vazio.

Mas sempre alguma coisa poderia ser pior.


Ele não tinha mais as suas pedras chinesas.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

sexta-feira em santa maria

Enquanto Rihanna canta na TV o quanto é bom ser uma menina má, eu assisto cinco jovens mulheres sentadas em uma mesa contando as vantagens da vida solteira que levam.

Nada voltará a ser como antes e o número 4 no frasco de perfume vale mais do que um simples 5.

As festas no nosocômio começam agora e vão continuar até o fim dos seus dias.

Elas carregam suas bolsas falsas da Loius Vuitton e vendem a ilusão de que são poderosas, mas o cabelo ruivo é comprado na farmácia junto com dentes de vampiro falso e o amor fácil dos lava rápidos.

Mais um corpo coberto de óleo, mais uma dança enigmática e o meu amor ficou preso na capital norueguesa. Fico triste por um momento, mas esta sensação logo passa quando sinto o frio da navalha no bolso do casaco.

Aqui, agora, não existe outro momento e quero provar que o calor do vermelho sobre o frio da sua pele alva é a mais bela das pinturas.

E as jovens moças se levantam e vão embora sozinhas na sua solteirice. Todas sorriem mas no fundo vejo os olhos vazios.

domingo, 6 de maio de 2012

semanas frias

Nas ruas de uma Londres envelhecida, tomando espumante barata comprada na loja da esquina enquanto olho os ossos de Napoleão serem desenterrados.

Palhaços deformados caminham em ruas vazias e eu me escondo. Uma mulher sifilítica me abana da sua janela. Saio de meu esconderijo e mudo a direção de meus passos.

Meu coração parou de bater na última lua e sinto falta do som perdido entre prédios cinzas. 

segunda-feira, 30 de abril de 2012

uma conversa com meu amigo tomas

Thomas Pynchon chega e senta sem fazer nenhuma cerimônia. Eu não falo nada, apenas me sirvo de outra taça de vinho e comento que a vida é repleta de personagens sem graça. Ele discorda e me fala sobre cowboys na segunda grande guerra, sobre o quanto eles atiravam com ambas as mãos e que este fato pode ter mudado toda a história da humanidade.

Olho para o lado e fico pensando porque sempre marco estes encontros para ter conversas sem sentido. Que tipo de devoção é esta que tenho ao imaginário, ao frescor do nonsense e do humor negro.

Thomas repara em meu olhar perdido e pergunta o que vamos comer, respondo que não me importo com o prato em questão desde que seja uma boa carne vermelha crua. Ele me pergunta o motivo da minha preferência e revelo que sou um zumbi no alvorecer da juventude.

Tomo mais um gole de vinho e rimos lembrando do quanto o cabelo do Hitler era ridículo.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

centeio não... trigo.

O campo de trigo amarelo contrasta com a falta de cor da minha jaqueta de couro. Caminho distraidamente trocando palavras com Holden Caulfield sobre a rebeldia juvenil e sobre novos discos de rock que ele nunca chegou a conhecer.

Um carro de polícia guiado pelo Super-Mouse passa por nós e eu fico pensando o que coloquei no meu leite com Nescau para estar tendo esta visão.

A caminhada termina e eu desligo o rádio.

domingo, 22 de abril de 2012

ela não sabia que o fim era frio

Não faz sentido eu ficar olhando os carros brancos na rua se a única coisa que vejo são as manchas vermelhas na parede.


Ela está sozinha como sempre esteve, buscando no frio da navalha o calor da carne.

Toda vida é assim, tanto faz, e ela não tem mais nada a ver com a conversa que você sussurra no ouvido. É isso que você quer? Falar de amor enquanto os elefantes escovam os dentes e o rei da Espanha os mata com um tiro à queima-roupa.

A estrada levou ao abismo e ela perdeu a direção, mas não é culpa dela, o rádio estava alto e ela não ouviu que a canção era sobre satanás.

Mas me responda uma coisa: se é ela que sempre diz adeus, porque fico chorando?

E mais uma lâmpada se queimou, mas ninguém viu pois a casa já estava vazia.

terça-feira, 10 de abril de 2012

terça-feira já não é mais segunda (ou... chuva fraquinha lá fora)

O que  dizer em uma noite escura, de chuva, quando me sento com a arma na mão e vejo que esqueci de comprar a munição.

O que fazer quando não penso em mais nada e as lâmpadas se queimam uma de cada.

O que esperar de um futuro obscuro cantado em elegias mal escritas.

O que escrever quando a mente me desaponta.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

eu escrevo, rabisco, risco e depois fico pensando... mas como eu escrevo m*!

Tô lá, eu sentado, olhando o mundo passar, fico escrevendo as coisas sem sentido que vagam pela minha cabeça, assim como os carros de polícia que fazem barulho com suas sirenes desafinadas.

E eu risco, rabisco e não tenho nada de bom para falar.

Me calo, faço desenhos sem graça, caras sem expressão, rostos que demonstram um pouco de solidão, e me perco nos caminhos e nos escaninhos enquanto admiro um anão que carrega uma sacola de mercado cheia de pequenos tomates cerejas e mini-milhos.

E quando leio as anotações em meus cadernos, nas agendas, em meus diários dignos de um rebelde infanto-juvenil que sou, penso: realmente T. S. Eliot estava certo.

quinta-feira, 29 de março de 2012

existe algo de novo no ar (e com certeza não são os aviões da tam, pois estes já tão umas sucadas)

Alguns dias até parecem normais, você está ali, parado, olhando para o nada, quando algo acontece e muda a sua vida, o seu mundo, as suas coisas e tudo fica fora de lugar.

O que fazer nestas horas?

Orar, chorar... não sei e talvez vocês também não saibam. Quem sabe esperar... esperar... para algo começar a viver, como o monstro de Frankenstein, juntando pedaços de algo morto, sumido, desaparecido, para fazer algo novo, um zumbi romântico que ainda acredita no mundo pós acidente nuclear.

E tudo isso começou sem você nem perceber.

Mas não é isso que faz com que a vida seja melhor?

sábado, 24 de março de 2012

sábado III

Mais um sábado.

E você aí esperando algo melhor mas nada acontece.

Então canta sobre o coração e sobre quando aquele amor que te deixou.

Grande coisa, ninguém mais se importa com isso, o mundo é outro, hoje as lâmpadas já estão ligadas e a eletricidade te conduz para um mundo de sonhos melhores, onde carros de polícia não te assustam e o teu trabalho não te irrita mais.

quinta-feira, 22 de março de 2012

cansado de conversar com as pessoas que usam sempre as mesmas roupas do catálogo

As coisas não andam muito boas neste mundo. Mas não me importo... não vou mais me importar.

O bom é que ainda estou aqui, mesmo com toda população caminhando na mesma direção, fazendo suas compras e aproveitando as novas liquidações, eu ainda estou aqui. 

Andando na direção oposta. 

Rindo do que não concordo. 

Debochando do que não gosto.

Ironizando as novinhas que sorriem como se estivem na capa da Playboy.

Todas as pessoas compram a mesma marca de roupa e se transformam em um exército enlatado da moda. E lá vão eles, caminhando na mesma direção. E eu continuo andando para o lado oposto.

quarta-feira, 21 de março de 2012

para descansar

E você me disse que eu poderia ter uma vida melhor. É verdade, eu também acreditei nas palavras de verão, mas acho que agora o momento é outro, me dê a sua mão e vamos pular do alto do prédio.

Sim...
eu, Romeu...
você, Julieta...
mas agora estamos com nossas armas engatilhadas.

Agora é outono e tudo pode voltar a ser como era, como quando eu cantava novas canções de amor e morte, os corpos no porão não tinham vindo jantar conosco e as palavras quebravam o silêncio, mas o sol se escondeu atrás das mesmas montanhas vermelhas que eu pintei na parede de casa.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

um ano melhor em 2012... ou não!

Quem diria, eu, sentado no shopping, tomando um chá de limão enquanto espero para fotografar uns salgados que serão utilizados em uma divulgação nas redes sociais (acho hilário falar como jornalista de quinta).

Tudo estaria normal se não fosse pelo fato de eu estar tomando o dito chá, mesmo que seja destes em lata.

Acredito que isso se deve ao peso de meus 41 anos. Acho que ficar velho é ficar sério...

Mas daí passo a mão na cabeça e sinto meu cabelo à moicano e abro um sorriso. No fundo acredito que nunca vou mudar e isto me faz bem, me faz sentir vivo.

E te digo, eu até posso sentir a chuva fria no meu rosto e perceber que o açúcar não é tão mais doce pra mim, mas meus demônios intestinos sempre me acariciam na hora certa e me acordam para as coisas ruins que já superei.

quinta-feira e os pensamentos que não tem nada de bom

Ondas de um azul melancólico se aproximam de mim agora que eu perdi a referência que permeia o norte. É até estranho dizer, mas os jogos terminaram e o perdedor está morto desde o dia que nasceu.
Beijos não resolvem mais pois a mesma sombra acompanha meu nome familiar em cada dia cansado da minha vida.

Então não sei se está será a única verdade, mas sei que o fim se aproxima.

Tá, não é a melhor coisa para eu dizer neste momento, mas não sei como poderia ser diferente se ao olhar para o céu vejo que uma a uma as estrelas se apagam perante meus olhos.

Tomo mais um copo de vodka e penso se não seria mais fácil eu saltar na água e nadar até cansar

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

15h52min

Os mesmos sorrisos de todo verão. O mesmo caminhar, leve, ritmado, sedutor, que faz os olhares se voltarem em sua direção. Só que nada disso adianta se por dentro o câncer consome cada célula e o fim se aproxima.