quarta-feira, 23 de novembro de 2011

os olhos que não vejo e o gosto quente do teu sangue

Sombras sobre a cidade. Sinto a eletricidade em meu corpo que queima os olhos da inveja. Eu a olho pela janela e imagino como seria se ela estivesse morta, ela conversa com a mãe e eu queria calar a sua voz.

Ao anoitecer ela vai para o quarto, liga o som e começa a dançar de forma leve. Presto atenção em seus rodopios femininos e penso em cortar suas pernas e chutar seu estômago até fazê-la vomitar sangue.

Coloco a mão no meu bolso e sinto o frio da lâmina tocar minha pele fria. A noite será melhor agora, quando as sombras falam em meus ouvidos guiando meu êxtase de violência em um balé de horror.