(leia esta história ao som do Mötley Crüe)
Uma das coisas bizarras que aconteceram na minha vida foi a noite que eu sai com uma menina que me fez um pedido deveras diferente.
Era o ano de 1991, eu tinha 20 anos e tava numa boate, danceteria, uérever, aqui de Santa Maria. Tô eu bem de boa com alguns amigos, quando reparo que uma moça bonita estava me olhando. Devo confessar que isto já me causou um nervoso na espinha, pois sempre fui - e ainda sou - tímido e digamos que não me considero com atributos pra atrair a atenção de uma mulher, ou seja, quando uma guria bonita me olhava eu já perdia o raciocínio básico no intelecto em funções como respirar e caminhar.
Mas mesmo atrapalhado fui lá falar com ela, acredito que consegui devido aos benefícios que o álcool causam no indivíduo. Pois falei com ela, rimos, demos uns beijinhos e pra minha surpresa maior ainda, ela me convidou pra ir pra casa dela, pois como toda estudante de pré-vestibular (gente, isto foi no século passado, nem existe mais vestibular direito) ela dividia o apartamento com uma amiga da cidade dela.
Fomos pro apartamento dela. Não vou entrar em detalhes íntimos, pois sou reservado, mas foi bom. lembro que eu me esforcei muito pra dar uma boa imagem, afinal não era todo dia que uma mulher bonita dava pra mim na primeira conversada ("vai que aquilo só se repete dez anos depois" era o que eu pensava naquele tempo).
E no silêncio do depois, naquele momento mágico que a gente tá se preparando pra segunda ou terceira - lembrem que eu tinha VINTE ANOS APENAS! - vem a virada no roteiro. Deitada ao meu lado, toda nua e lânguida, ela se vira pra mim e fala com aquela voz de menininha delicada do interior que está morando longe dos pais... "quer mijar em cima de mim"?
Pra finalizar... não mijei.
Acho que ela se ofendeu pois eu nunca mais fiquei com ela.