segunda-feira, 30 de outubro de 2017

thor: ragnarok - a crítica definitiva

Por que você deve ver "Thor: Ragnarok"?

Simples, porque é um filme que é anos 60 e anos 80. É o verão do amor no cruzamento com New York - Miami - Tokio. O diretor Taika Waititi uniu o que tem de melhor nessas duas décadas para criar um visual de história em quadrinhos que é uma viagem colorida.

No filme você fica impactado com o cruzamento de Led Zeppelin com Jack Kirby, Duran Duran da fase "Rio" com os quadrinhos dos Eternos, Neon oitentista com psicodelia sessentista.

E não é só isso, o elenco está perfeito. Cris Hemsworth encarna de forma ideal o lutador egocêntrico e bufão, por vezes burro, que age mais pela emoção sem pensar na consequência dos seus atos. Thor é um guerreiro mimado que se acha capaz de tudo e consequentemente acaba sendo presunçoso.

Jeff Goldblum como o Grão-mestre é um dos grandes acertos, sua interpretação de um rei/imperador hedonista e afetado remete aos imperadores romanos de filmes dos anos 50.

Sem falar de Cate Blanchett como Hela e Ton Hiddleston como Loki que garantem a qualidade das suas personagens mesmo quando a cena teria tudo para cair numa comédia de sessão da tarde.

O problema é que o humor que fica tão legal, também é o problema principal do filme. A necessidade de fazer rir todo tempo faz com que "Thor: Ragnarok" caia numa fórmula fácil de "cena de ação - alívio cômico" a cada cinco minutos. Isso não é necessário, o que em "Guardiões da Galáxia 2" funcionou na medida, agora extrapola e se esforça em fazer rir, mesmo em momentos que a ação e porradaria deveriam ficar livre de qualquer diálogo.

Só que este é um ponto dentre tantos que foram certos. Sendo assim, "Thor: Ragnarok" é sem dúvida o melhor filme do Deus do Trovão até agora feito pela casa das ideias.

Agora é esperar a volta de Thor, Hulk e Loki ano que vem na primeira parte de  "Vingadores: Guerra Infinita". E preferencialmente com menos humor.