terça-feira, 25 de março de 2014

uma pequena ficção

Eu andei pelas ruas da da dor.

Com trinta anos não sabia onde encontrar uma nova chance.

Mas era um sábado e eu esperava algo melhor, quando entrei naquela galeria de arte. O som do choro da criança retornou aos meus ouvidos e eu parei no meio do caminho.

Eram 23h23min quando ouvi a sirene do bombardeio.

Aviões cruzavam o céu e depois do sexo os casais morriam carbonizados abraçados.

Busque os relógios derretidos pelo calor.

Traçantes cruzam de um lado para o outro.

Venha comigo, é nossa única chance de ficarmos juntos em pleno oriente. Os árabes vieram nos matar. Vista sua melhor jaqueta de couro, pois nosso casamento será na estrada, fugindo deste mundo onde a ordem se estabeleceu sobre o caos e o sistema ordena o nosso fim.
Vamos pegar o caminho que nos leva ao fim infinito.