Não, eu nunca mudei. Sou sempre o mesmo. A diferença é que eu não falo sobre mim e quando falo é porque confio na pessoas ouvinte.
Hoje estou muito bem comigo. Apesar de sério e muito elétrico no trabalho, me sinto muito bem e estou feliz.
Não parece né?
Pois é... mas estou feliz e isto aconteceu apenas por eu ter batido a cabeça. Parece coisa de filme mas não é... aquela batida que eu dei me fez ver... quero algo diferente pra mim.
Sendo assim, eu não mudei em nada... apenas, digamos assim, estou mais atento, mais observador, mais consciente de tudo... estou mais... forte!
Quando me tornei o Nixon Vermelho - sim, me tornei, pois é algo meio místico, como empunhar o Mjolnir - aprendi algumas coisas:
1. Em alguns momentos na vida o líquido seminal toma um ar de seriedade;
2. Um presunto com tom esverdeado não é um bom alimento;
3. Não se pode parar de mexer o brigadeiro na panela que vira uma porcaria;
4. Terra, tijolo, salmão e nude são cores;
5. Um Macallan é uma ótima companhia em uma festa (não preciso nem falar com ninguém, posso ficar ali na minha, escutando um bom som e sorvendo em pequenos goles esta maravilha âmbar).
Hoje perdi um pouco do meu rumo. Escutei uma música que me lembrou o ano de 1987 e quando me dei por conta não estava mais aqui e tinha viajado no tempo.
Voltei ao outono daquele ano e fiquei triste ao me ver, um adolescente medroso e tímido que não sabia o que era ser amado. Um guri burro que era enganado e humilhado pelas meninas da escola e que sempre era deixado de lado por andar com as roupas rasgadas de punk do interior do RS.
Ao ver isto voltei ao dia de hoje e notei que continuo assim, meio perdido e deslocado no mundo. Continuo com as roupas rasgadas o pensamento anarquista utópico dos meus 16 anos.
Posso ser um pequeno empresário e ter minha empresa, mas sempre serei o cara que não faz parte de grupo nenhum. A diferença que tenho e sinto hoje, é que antes ficava triste por me sentir assim e hoje, ao contrário, me sinto feliz por pensar como penso.
Dia difícil, momentos difíceis, decisões difíceis.
Em momentos desesperadores, atitudes desesperadas.
Você sabe o que é isto?
Pois não queira, nada é pior do que ficar nervoso, tendo ataques de úlcera nervosa por causa de algo que está fora do seu alcance.
A vida brinca comigo. Sim, eu acredito nisto, que a vida é comandada por algum alucinado que gosta de tirar sarro com a minha cara ao me meter em diversas complicações.
Tem dias que me sinto uma personagem de algum filme ridiculamente e exageradamente dramático.
Para vocês terem uma ideia do qual patética é a minha vida, ou pelo menos parte dela, eu sou o tipo de pessoa que faz este tipo de coisa:
esquece que está de fones de ouvido e canta alto uma música que diz Se eu tô a fim de me entregar Já que eu não posso ver você, fecho os olhos E qualquer corpo passa a ser o seu ("Formosa" da banda Zero -muito anos oitenta, eu sei), levando quem ao riso está ao redor;
tenho um problema com banheiros públicos e toda vez que vou a um, quase quebro a saboneteira, derrubo a tampa do suporte das toalhas de mão e (sempre!) me molho todo quando aberto o botão da torneira, que diga-se de passagem, só tem duas regulagens, ou muito forte - lançando água até na minha cara - ou fraco - fazendo com que não dê tempo de apertar e lavar as mãos.
É... eu sou assim... meio atrapalhado com as coisas rotineiras
a equipe da Pastel Store estava na função deste cedo, pois precisávamos gravar dois episódios de A ESTRANHA VIDA DE SODABOY ontem à tarde.
Foi cansativo, mas valeu a pena. Valeu a pena por estar fazendo o que eu gosto - tá, eu não tava tocando baixo numa banda punk e vivendo a vida de rock star, mas pelo pelo menos tava a fazendo a segunda coisa que mais gosto - e por estar com pessoas, amigos e profissionais, colegas de trabalho, que me dão um orgulho imenso de conviver e de estar crescendo profissionalmente ao lado deles.
E ainda por cima, depois do dia de gravação, nos reunimos para comer mandioca frita, pizza e tomar caipirinha... gravar um podcast gigantesco que talvez eu coloque amanhã, talvez só na quinta... e falar bobagens, conversar coisas sérias, rir e esquecer um pouco das coisas chatas.
Só não posso deixar de falar que não via alguém fazendo coreografia das Spice Girls deste os anos noventa.
obs: fotos ultra toscas do meu celular.
Ou seja... foi um belo sábado que só poderia terminar com esta música na minha cabeça
Até para dançar não existe nada melhor que o punk do The Clash
Obs02: e fico pensando... o quanto da minha testosterona vai embora se eu rodar Spice Girls aqui
Tenho mais de 40 anos. Sou publicitário, diretor de comerciais, roteirista e já dirigi alguns curtas trash bem divertidos (pra mim é claro). Toco baixo e tenho uma banda low-tech/punk anarco-capitalista-niilista.
Sou um produto da vida do subúrbio, cresci tomando Pepsi e Mirinda morango nos anos 70, vendo desenhos animados e seriados americanos que me fizeram um adolescente feliz.
Sou fruto direto do rock inglês e não tenho interesse por música brasileira.
Desde que nasci tento apagar todas as imagens que estão dentro de minha cabeça, este é meu objetivo, mas não consegui ainda ter exito.
Atualmente sinto minha cabeça simplesmente perder a razão, talvez, sei lá... e agora sou vago nos meus comentários... pela depressão, síndrome do pânico, loucura, não sei... algo que me faz ter medo e enche meu corpo de dores sem motivo aparente e me fazem ter medo de sucumbir.
E mesmo assim continuo em frente, um passo por vez, não vou me dar por vencido. Cada dia é uma vitória.
Mesmo que a música nervosa me persiga.
Que o capuz vermelho se apresente, mostrando toda dor que existe no mundo irracional em que eu vivo - em que você vive, mas que ignora ao comprar seu Ipad de última geração.
O motor do carro é cada vez mais potente, a bebida é de fácil acesso, a fiscalização é ineficiente, mas não querem mais corpos mortos na estrada.
Quem dirigi nossa política são novos publicitários alçados ao patamar de deuses midiáticos. São eles que fazem sua margarina cancerígena ser a mais gostosa, eles é que fazem o sindicalista corrupto ser presidente,
Este é o nosso tempo. E como são lindos estes novos tempos.
Ontem fui ao cinema do Santa Maria Shopping (aqui em Santa Maria é claro) para ver um filme de terror, que eu gostei muito por sinal, e esquecer um pouco da vida.
Bem, fazia anos, pra ser exato... 12 anos, que eu não entrava naquelas salas de cinema. Sabe, até que foi bem reconfortante entrar ali. Não é uma grande sala, tanto pelo espaço, quanto pela qualidade, mas sei lá por qual motivo, me senti bem. Talvez saudosismo de uma época em que eu ia semanalmente no cinema pra ver todo filme novo, bom ou ruim, que entrava em cartaz.
Mas os fatos pitorescos que fazem parte da minha vida e que me acompanham sempre não poderiam ficar de fora deste meu reencontro com os cinemas ali do centro.
A primeira coisa que ocorreu é que após eu comprar o ingresso fui ao banheiro pois estava me mixando. Bem, ao entrar no banheiro a catástrofe começou: fui levantar a tampa do vaso e derrubei a mesma, fazendo um barulho do cão; tava tão apertado que sai mixando pra tudo quanto é lado até acertar o local correto - o vaso ; ao apertar a descarga quase derrubei a tampa da caixa (não era válvula hidra) o que fez um barulho maior ainda que o primeiro; para lavar as mãos, apertei o botão da saboneteira que se desmanchou na minha mão, fazendo com que eu tivesse que montar a mesma de novo na parede e pra encerrar, ao abrir a torneira, o jato de água era forte como um tsunami, o que fez eu me molhar - a camiseta e a bermuda - e me deixar parecendo que eu tinha me mixado todo. E tudo isto em apenas UM MINUTO!
Para encerrar, ao entrar na sala de cinema, fui embalado realmente para outro período, pois a trilha ambiente era digna de uma dessas rádios classe A. E pra não dizer que sou um exagerado, o que estava tocando era este som...
Ah... e hoje vou no mesmo cinema ver outro filme de terror que tá passando.
então não tenho muito o que dizer, afinal é um dia que eu espero que no mínimo não seja ruim, só isto já me deixaria feliz.
Mas tudo bem, não sou muito bom em falar de mim, a não ser quando estou falando mal da minha singela pessoa.
Bem, quanto ao som que escolhi pra o dia de hoje é pelo simples fato de achar esta música linda e estar neste clima "o mundo será bom pra mim um dia"... eu acho.
Mas tudo bem... como eu disse, falar de mim é algo estranho, afinal autobiografia sempre é uma coisa meio estranha, o cara sempre é tão cheio de virtudes que até a mãe do sujeito é mais pura que a Virgem Maria.
Sim, agosto começou, o mês do desgosto e do aniversário de Nixon Vermelho, chegou e já chega fazendo o que sempre faz todos os anos... me deixando cansado e de cara mais amarrada do que o comum.
Nada melhor do que uma bela canção para se deliciar e amar as opressões da vida, as bizarrices de minha alma e os cantos do meu silêncio.
até pode não ser tudo isto que eu digo, mas cada vez que eu tomo suco de pêssego me sinto um ser humano fútil e descartável e que deveria ser enforcado com as próprias tripas.
Eu sei, eu sei... há um certo exagero neste meu comentário, mas fazer o quê se eu sou 50% exagerado e 50% demente mesmo.
Eu escrevo mal e reconheço, faço a mea culpa de ser um infeliz que ao invés de se preocupar com a língua materna (a paterna também, mas é que o véi sempre foi mais calado mesmo), sempre redigiu os textos com a fúria de um psicopata das letras.
Não pense que ao identificar este defeito, entre todos os outros que possuo, que farei algum esforço para melhorar, muito pelo contrário, continuarei estuprando a gramática e destrinchando as vísceras do português (a língua e não um senhor luso) de acordo com meu insano prazer.
Por isso não se assuste com meus erros crassos e com minhas concordâncias verbais discordantes da razão, vou continuar este rebelde infanto-juvenil que quebra os muros que Bilac tanto se esforçou para erguer.
O chato é que tenho que confessar que tudo isto ém só por eu não saber usar corretamente o maldito ponto e vírgula. Isto, ou o fato de minha professora gostosa de português na sexta série não ter dado pra mim... aquela vaca! Grande coisa eu ter 11 anos e ela trinta e cinco.
A criança não parava de pentelhar dentro da loja que eu estava e... bem... digamos que depois de passar um dia fazendo um trabalho que não me inspirava em nada, eu não tava muito animado naquele momento para ficar escutando aquele pequeno infante correr e gritar de uma lado para o outro.
Tu me perguntas onde se encontrava a mãe dele? Bem, aquele ser bovino do gênero feminino conversava animadamente com outra de sua espécie sem nem se preocupar com aquele capeta em forma de guri que gravitava ao meu redor.
Pois bem, numa destas corridas enlouquecidas do pivete, ele se atravessa na minha frente, tropeça no meu pé e simplesmente voa escada abaixo, e quando eu digo voa é voa mesmo. Foi uma coisa ~lindadisevê~ aquele pia voando feito um pombo gordo.
E não, não desgosto de crianças, muito pelo contrário, quero ter uma menina um dia (e falo de filha, não estou falando de uma ruiva de 25 anos que servirá de escrava sexual), apenas não gosto de criança mal educada e de mães idiotas.
Não me importa de que maneira vocês farão isto meus simpáticos e singulares leitores, só sei que eu quero este brinquedo no meu aniversário deste ano.
façam uma vaquinha, sacrifiquem o irmãozinho mais novo, não me interessa, o que vale é que vocês farão este nem um pouco simpático colorado/ punk/baixista/publicitário/cineasta/blogueiro uma pessoa menos ruim e para sempre terão meus agradecimento.
Alguns dias atrás eu escrevi um texto (CLICA AQUI pra ver o dito txt) aqui no blog falando do papelão que virou estas constantes reuniões da Legião Urbana.
Por este motivo o jornalista Marcus Preto da Folha de São Paulo entrou em contato comigo e perguntou a minha opinião sobre a reunião de dois ex-membros da Legião Urbana com o ator Wagner Moura para uma apresentação promovida pela MTV.
Bem, dei a minha opinião, falando mal é claro, e a coisa tá lá, um parágrafo falando mal do Dado Villa-Lobos e do Marcelo Bonfá no caderno Ilustrada da Folha de São Paulo do dia 16/05.
clica na figura que tu pode admirar meu nome melhor
E mais, agora vou começar a assinar meus trabalhos não como publicitário, ou redator, ou roteirista, ou diretor de cena, ou baixista, punk plantão, etc, mas sim como blogueiro, afinal foi assim que fui designado e quem sou eu para contrariar a Folha de São Paulo.
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