Tem certas coisas que são bem estranhas e que acontecem na minha vida. Como por exemplo a vez que uma conhecida, na hora de me cumprimentar, ao invés de pegar na minha mão, pegou na parte frontal do meu corpo que não é banhada pelo sol.
Pois é, eu tava ali no centro de Santa Maria, quando a moça me para e começa a falar da vida. Tudo tranquilo até aí. Ela fala das viagens - literalmente falando - para o Rio de Janeiro e Manaus e eu fico ali com cara de paisagem ouvindo um relato sobre chás e ervas que fazem a "viagem" - metaforicamente falando - da mente.
Mas é n hora de se despedir que as coisas tomam um rumo diferente. A mulher não pega na minha mão ou me dá um abraço de até logo, ciao, bye, tchau... ela simplesmente me segura por "ali" e não solta mais. Meus amigos, eu estava no meio do calçadão, em plena metade da tarde ensolarada de quarta-feira, 250 mil pessoas conhecidas passando ao meu lado, com uma mulher segurando o "salve o lindo pendão da esperança, salve símbolo augusto da paz".
Naquele momento eu só pensava em todos os meus amigos, familiares, pais e até avós passando por mim e vendo tal cena ridícula. O que seria meio aterrador, pois todos meus avós já faleceram há tempos.
Mas resumindo, assim como ela pegou... soltou e seguiu o rumo do próprio coração e da mente, o que no caso dela deve ser em algum lugar entre a órbita de Júpiter e Europa.
Minha lição de vida? Sempre proteger meu "departamento de assuntos internos" ao encontrar alguém que tenha tomado um chá que não seja de camomila.