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quarta-feira, 28 de junho de 2017

vazios

No começo
a dor
e no fim
a dor
com solidão
a dor
à noite
a dor
é feita de prata
a dor
escura
a dor
aceite
a dor
e sinta
a dor
viva
a dor
e nada permanecerá pra sempre
nem eu
nem você
nem o amor
apenas
a dor

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

jocasta

Eu parei de correr ao sentir o primeiro raio de luz do amanhecer. As chuvas da noite sessaram e hoje eu sei que é um novo dia. 
Que doce é o sonho que tenho com você ainda viva, andando em gramados verdejantes nos meses outonais. Você andava descalça e olhava fixamente em meus olhos do outro lado dos montes Urais.
O frio da manhã me acalma e o calor da sua pele já me foi esquecida. O vermelho vivo se solidificou em pequenas gotas de gelo e sangue sobre o tampo de mármore. 
A garrafa já está seca e eu sinto que ficar sóbrio me dói na alma, e isto me mantém paralisado de medo. Eu não vou ficar mais esperando, não vou mais dormir para lembrar de sua pele macia e alva tocando em meu corpo teso.
Um dia e tudo mudou.
Uma noite e tudo terminou.
A crianças se foram com o som do primeiro tiro.
E agora não adianta mais respirar o ar do seu pulmão.
Amar é um gesto solitário. Não espero retribuição, você sabe... eu apenas me doei, pois este é o desígnio do Altíssimo.
Minha sina, meu fardo, minha história, é esta: ser o herói de todos, o salvador de poucos.
Eu sempre soube, minha vida é quebrar muros, construir caminhos, amar sem receber, erguer os que que necessitam sobre meus ombros, para que assim eles vejam o mundo que estão perdendo.
Assim é a vida ao viver no país de Deus e da minha justiça.
Você morreu e eu sepultei seu corpo no cemitério mais bonito. Dancei no fogo e renasci das cinzas de meu inferno interior. Devorei meu demônio intestino e ressurgi mais forte e confiante.
Estou pronto para buscar seu cadáver de baixo da terra.
Comerei sua carne e reconstruirei seu ser finito.
Você será remontada, religada, formatada conforme meu desenho da perfeição eterna. Visão moderna de um novo Prometeu feminino.
Pele e Kevlar costurados.
Ossos metálicos.
Músculos sintéticos.
Hoje serás minha criação perfeita.
Viveremos na eternidade.

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

a dor da morte

Leia este texto escutando ESTE SOM.

Hoje falarei sobre perda...
sobre perdas...
sobre dor...
sobre aquela dor de quem perde alguém que ama tanto.

E não falo sobre derrotas amorosas, mas sim sobre a morte.

Como não se emocionar ao ver um pai que perde um filho...

é triste por não ser da natureza um pai enterrar um filho e uma mãe chorar por sua criança (e seremos sempre crianças para as nossas mães) que se foi para sempre.

Mais do que isso eu posso falar até... pois escrevo sobre este tipo de perda, desenvolvi um roteiro sobre isto e vi a cidade que tanto amo ser engolfada e consumida para sempre por uma dor que está nas esquinas e numa rua específica de Santa Maria como se fosse um fantasma.

E se falo tanto sobre a dor da morte, devo, e também me obrigo, falar sobre algo que parece simples, mas que é muito esquecido... vivam!

Sim... vivam e não deixem de viver!

Não vivamos com medo, pois é muito triste estar perto da morte. Já passei por isto e não desejo para o meu pior inimigo a angústia e dor que senti durante meses e de forma ininterrupta.

Mas posso contar para vocês... sem arrogância nenhuma, pois isto não faz meu perfil... que eu venci uma luta destas e levanto meu braço direito com meu punho fechado pra dizer para vocês: VIVAM!

Foi pensando nisto hoje... com um pouco de tristeza por lembar deste tipo de assunto, que firmei mais do que nunca, que devo fazer as tatuagens que há tempos quero: "FORÇA E FÉ" em tamanho pequeno - uns dez centímetros no total - escrito no meu braço direito e um pequeno "X" na minha mão direita.

Isto tudo para simbolizar e me lembrar a cada dia que eu estiver me sentindo fraco, que na verdade sou um cara forte, direito... correto, que já venceu muito e que lutou contra a dor e o desespero.

Então meus caros que me acompanham por este blog... VIVAM! E VIVAM MUITO.

segunda-feira, 30 de maio de 2016

251º podcast NIXON RECLAMA

Clica Aqui e escuta o podcast que tem o clima triste destes tempos brasileiros.

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

27 de janeiro de 2013

Amanhã completam 3 anos da tragédia na boate Kiss em Santa Maria e eu penso: será que foi uma tragédia ou posso considerar como descaso que levou a perda de 242 vidas, ou seja, um assassinato por descuido.

Ainda tenho minhas dúvidas, mas espero que a justiça seja feita (pensando no sistema judiciário brasileiro, cada vez acredito menos nisto).

Hoje tem uma vigília em frente à boate e eu estava até agora pouco lá. Fiquei olhando a movimentação das pessoas que chegavam, dois artistas faziam uma pintura na parede da boate, assistentes sociais e  paramédicos que conversavam e todos que ali estavam pra ficar até a madrugada.

Olhei e senti aquela mesma tristeza por todas aquelas famílias que perderam alguém que amavam.

Sabe, Santa Maria não pode esquecer o que aconteceu no dia 27 de janeiro de 2013.

Estas pessoas e toda esta cidade precisa que a justiça seja feita.

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

ouvir rock é como orar

Eu escuto um rock no volume máximo e fico feliz. Pode ser a canção mais simples do mundo, que fale sobre amores em noites de luar e jogos iluminados do Inter contra o Peñarol, mas que seja ruidosa, barulhenta e que assuste os espectadores incautos.

Isto me deixa feliz, principalmentente se eu for pensar nos dias atuais, tão cheios de raiva e preconceito, e pessoas mais dispostas a matar e destruir do que amar e unir.

Então, quando eu tô me sentindo pra baixo, coloco meu fone e ligo o som no talo. A música começa e tudo melhora.

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

um texto triste ao ler as notícias no jornal

Onde está você?
Aqui estamos nós.
Vivendo sob a sombra da lua azul.
Toque-me e esperarei o som dos trovões.
É o Messias falando em nosso ouvido, controlando os movimentos do meu corpo e do seu.
Ele sabe que seremos seus justiceiros
Um encontro na escuridão.
E hoje vivemos sobre as núvens.
Sobre as asas de mil anjos caidos, arrepedidos de terem esquecido a sua mortalidade.

Vamos olhar mais uma vez para a capital do sul e chorar.
Chorar pelos homens doentes que matam animais e espancam desabrigados.

Mas a nossa pena escreve a culpa deles em pedra.
E um dia nossa lâmina punira os punidores, pois nos foi dado o dever de vigiar o vigilante.

Ninguém ficará impune.

sábado, 5 de setembro de 2015

chuva plástica esta no ar.

Estas imagens são apenas para lembrar que o blog CHUVA PLÁSTICA já está no ar.
 CLICA AQUI e confere o primeiro conto que eu escrevi lá.
Mês que vem tem outro conto sombrio lá.
Aguarde!

domingo, 23 de agosto de 2015

chuva plástica

E hoje lanço meu novo blog.
Mais um dos vários que mantenho neste mundo virtual.

A diferença deste para os outros que faço?

Este será dedicado ao meu amor pela literatura gótica, filmes de terror, músicas sombrias e todos elementos dark que revelam que este mundo outrora azul não passa de uma enorme bola cinza e deformada vagando pelo infinito.

CLICA AQUI e aproveite o primeiro conto escutando este som sorumbático do Aghast.


sábado, 18 de abril de 2015

você não deveria ter feito a pergunta final

Assassinos vestidos de terno rosa cantam sobre o quanto meu coração está cheio de napalm.

Nossa química terminou nos corredores iluminados do shopping. Quando isto aconteceu minha fúria começou, fazendo com eu não tivesse como deixar nenhum assunto nos escaninhos da minha memória.

E então... você entende os motivos?

Ainda não!?!

Que pena, mas não adianta eu explicar nada mais. Você não iria entender.

Deixa pra lá, agora só tenho que descarregar minha arma em sua cabeça oca.

sábado, 29 de março de 2014

vazio

Um sábado comum, como todos os sábados que eu vejo na vida.

Mas hoje é um sábado de chuva.


Um sábado úmido.

Começo de escuridão.

quinta-feira, 20 de março de 2014

dor

Tenha fé na nova ordem.
Sempre existirão sorrisos.

Sempre existirão lágrimas.

Sempre existirá você.

Então... continue.

domingo, 16 de março de 2014

música de domingo

E assim temos um domingo...
papai foi embora, mamãe foi embora, irmãzinha foi embora. Agora sou uma criança sem direção, meu rumo é uma pequena vida de dor.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

inferno

Ela abriu seu corpo como se fosse uma violação.

Mas é assim que ela gosta.

Ela pede ajuda para quebrar as correntes e foder com mais força.

Sentimentos fechados.

A observação do corpo suado, molhado.

Sangue.

Sêmen.

O pó diluído, derretido, fábrica de sonhos dentro da seringa suja.

Mantenha-se abaixado, o coração dela é frio e não é bom ficar frente a frente com a peste rubra.

Corpos se torcem, retorcem, só falta você nesta dança macabra no sétimo círculo.

E ela chama... e você vai.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

no dia de hoje eu não sei o que falar

27 de janeiro de 2013.
Entramos para a história mundial.

Sente no banco de pedra e pense sobre o que aconteceu.

Lembre que os corpos estavam no chão.

Lembre que as lágrimas ainda estão escorrendo pelo rosto de muitos.

Uma cidade que agora é apenas uma marca de dor no mapa.

Diga as palavras que não consegues pronunciar, cravadas no peito como cruzes de ferro.

Este é o tempo.

Tempo da dor.

Tempo do medo.

Tempo em que descobrimos que não existe mais esperança.

Este é o ser humano. Que vira as costas para os que sofrem. Que esconde num canto escuro os que pedem justiça. Que mata os seus filhos. Que mata suas crianças.

Não existe futuro.

Grite!

Grite!

E grite mais!

Pois o futuro terminou 365 dias atrás.

Espero que você não seja como eu, pois eu não acredito na justiça dos homens. Hoje eu apenas paro e penso, me calo e vejo que o mundo piora a cada dia.

Este é o nosso tempo.

Este é o pior dos tempos.

Eu ainda choro ao ver as fotos.

Eu choro ao saber que não existe justiça.

Eu choro ao saber que somente através da vingança algo será feito.

O fim existe.

O adeus eterno acontece.

Tudo desaparecerá à noite

Em uma noite apenas, uma maré de lágrimas.

domingo, 26 de janeiro de 2014

dor, morte, justiça, vingança... você escolhe.

Eram apenas crianças.

Negócios infantis interrompidos. Almas sintéticas que se completam e não julgam o certo do errado.

Eu acredito que existem tentativas para melhorar, mas acredito que nada vai melhorar, tudo é em vão.

As pontes continuarão no mesmo lugar, a água não... ela se foi, o que restou foi apenas uma casca de civilização na cidade.

Você vê a cor prata no chão, toca o mármore e a pedra e pensa como o brilho pode ter acabado em apenas uma noite, em apenas uma madrugada tudo se foi... como a água passando pela ponte vazia.

O século 21 perdeu suas crianças.

E tudo ainda vai piorar.

Hoje não precisamos de música.

Hoje precisamos de armas.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

poder

Perdemos a dignidade. 

Perdemos o orgulho. 

Agora só existe isto, a dor e a vergonha de termos entregue nossa alma de forma tão barata. 

Perdemos nossas memórias em troca de um dia de luxúria e prazer pela vida mundana.

E qual foi o resultado disto tudo?

Poucas horas de deturpação, apuso, exagero e uma sensação de poder e superioridade. Todos os atos foram feitos de forma consciente, a dor infringida aos submissos causou o êxtase. O sorriso feio através das lágrimas de dor dos que se curvam. Assim é o poder no mundo.
Eles são os donos de tudo. Nós somos apenas o gado, olhando para os senhores do destino, os senhores das trevas, com suas armas.

Nos vendemos para eles por que queríamos sentir o que eles sentem, viver como eles vivem, nem que fosse por apenas um dia. O resultado foi que hoje somos apenas a manada indo em direção do abatedouro. Seremos mortos com marteladas na cabeça. Teremos a alma retirada com força e jogada para vagar na poça de lixo fétido

terça-feira, 31 de dezembro de 2013

o último dia do pior ano de nossas vidas

Santa Maria/RS, último dia do ano.

Um ano triste na cidade que é conhecida como o coração do Rio Grande do Sul.

Um ano em que uma cidade inteira chorou.

Um ano em que descobrimos que a justiça não existe a impunidade é uma marca que está na carne de todo brasileiro.

Nós podemos roubar, nós podemos matar, nós não precisamos nos importar com nossos cidadãos.

Nossa Senhora, Santa Maria, protegei a todos pois eles são o mal em pessoa e não se importam mais com o que sentimos, com o que sofremos.

Os pais choram, as mães choram, e não importa mais o que sonhamos.

Faz um dia ou um ano, o tempo não passará jamais.

A dor continua.

Que ninguém, nunca, esqueça o ano de 2013.

Que 2013 seja lembrado como o ano da dor.

Que a justiça seja feita, nem que seja através da vingança dos pais que nunca mais dormiram desde o dia 27 de janeiro de 2013.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

você sabia que era o fim

Eu choro pelo que não aconteceu. Choro pelo tempo ser diferente do que sonhei e ter nascido no momento errado.

E choro tanto que não tenho mais vontade de chorar, apenas fico sentado pensando nos momentos tristes e no movimento das lâmpadas que se apagam à noite.

Uma sirene corta a noite e o acorde da canção que eu escuto me faz suspirar.

Eu acreditei em mim... mas não devia ter acreditado em você. Eu sabia que havia alguma coisa errada quando sussurrou o segredo dos amantes em meu ouvido. Eu sabia que havia alguma coisa errada quando eu vi o brilho da faca em sua mão.

E foi neste momento que eu vi que você tinha ido embora, mesmo dizendo que ficaria para sempre, mesmo falando que o amor é mágico como em um livro antigo de capa de couro.

Tudo se quebrou... e seu corpo que antes resplandecia o viço da juventude caiu aos meus pés... o branco da pele se tingiu com um pequeno ponto vermelho que logo se espalhava pelo chão como um rio quente de dor.

A minha respiração sumiu por um segundo, meus olhos se fecharam, mas foi o tempo suficiente para eu sentir o toque do Senhor em minha face, e Ele me disse que no meio da batalha estaria ao meu lado, que eu não me preocupasse pois a espada azul estava a minha frente, estava ao meu lado, estava comigo para sempre.
E assim eu me ajoelhei e pedi para a dor passar.

Um dia ela passará.

Um dia.

sábado, 11 de maio de 2013

onde está a dor dentro de mim

Uma das mais belas canções que eu gosto.

Sabe, sentir dor é sinal que ainda estamos vivos.

Então... vamos curtir nossa dor, baixar a cabeça e puxar força de onde não sabemos que podemos ter, para ir em frente e ganhar todas as lutas diárias.