quinta-feira, 13 de outubro de 2016

plástico, carne e metal

As noites são mais escuras em Santa Maria, onde vivo buscando uma forma nova de vida.

O cartão ainda tem limite e  é usado pra comprar as armas mais caras.

Uma prótese no braço lembra que as partes mecânicas são feitas para dar prazer e satisfação.

Uma garota cheira a carreira nas nádegas roliças de sua amiga.

Renton faz amor com Sara dentro das ferragens de um carro destruído em um acidente. Parafusos e carne se mesclam em uma onda de prazer robotizado.

A música das esferas.

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Matemática da vida em uma filosofia evangelizada pelos novos canais de internet.

Rede social, sexo virtual... real em tubos ligados pelo caminho do hiperespaço.

A sedução do córtex torna o beijo ritmado.

Cruz de silício.

Vale do silicone vernelho.

Terminou o tempo. Quinze minutos de prazer que se esgotam e ela veste a calcinha com estampa de oncinha.