sábado, 21 de abril de 2012

algumas palavras sobre os meus sábados outonais


Vou abrir os olhos nas primeiras horas da manhã e conversar com os espíritos que olham pela janela. Fui do zero ao um sem entender que as medidas são impossíveis e que o frio congela o infinito em pontes furta-cor.

Vou falar para dentro dos meus intestinos que não existe lugar onde eu possa ser feliz... ou infeliz. A decisão é unicamente minha e eu não tenho como fazer algo sem cortar os meus pés.

O sofá vermelho no gramado verde e eu sentado comendo um sanduíche de pastrami com mostarda amarela.

Manhãs de domingo.

Manhãs de segunda.

Eu lembro que no outono vi duas vacas holandesas.

Nenhuma escolha é correta, mas eu não me importo, pois nenhum de vocês gostará do que eu escrevo.

Sou forte... eu acho... e nem me importo se a ambulância chegar cruzando por ruas sujas e escuras.

E o piano que toca a elegia ainda por cima está desafinado e a bela pianista nua não tem um olho.