segunda-feira, 23 de abril de 2012

parado... apenas olhando... com a calma de um sniper (por que eu coloco estes títulos?)

Tenho os pés presos no bloco de concreto. Me seguram pelos braços e me colocam na beira do abismo. Olho para baixo e não vejo a cor da água, apenas a serração que cobre o mar calmo.

Não vou sair, nem caminhar, não tenho como respirar e sei que vou ficar preso aqui. Tenho duas escolhas, ficar preso ou afundar na água.

Ouço vozes que vem do mar e me considero o novo Chico Xavier, afinal se é para sofrer na solidão da morte, no limbo, pelo menos vou sofrer sorrindo das minhas agruras, desventuras e de todo tipo de azar que sempre me acompanhou.


As flores de um dia são ervas daninhas e agora o tempo parou, cada segundo se transformando em horas, horas em dias, dias em... tá vocês já entenderam onde quero chegar, tô apenas falando que eu posso esperar mais do que os outros até as coisas acontecerem.