Thomas Pynchon chega e senta sem fazer nenhuma cerimônia. Eu não falo nada, apenas me sirvo de outra taça de vinho e comento que a vida é repleta de personagens sem graça. Ele discorda e me fala sobre cowboys na segunda grande guerra, sobre o quanto eles atiravam com ambas as mãos e que este fato pode ter mudado toda a história da humanidade.
Olho para o lado e fico pensando porque sempre marco estes encontros para ter conversas sem sentido. Que tipo de devoção é esta que tenho ao imaginário, ao frescor do nonsense e do humor negro.
Thomas repara em meu olhar perdido e pergunta o que vamos comer, respondo que não me importo com o prato em questão desde que seja uma boa carne vermelha crua. Ele me pergunta o motivo da minha preferência e revelo que sou um zumbi no alvorecer da juventude.
Tomo mais um gole de vinho e rimos lembrando do quanto o cabelo do Hitler era ridículo.